Há três semanas, enquanto eu andava com meu namorado em uma livraria, vi a capa de um livro que me chamou atenção, virei pra ler e dizia assim:
“Não sou formada em matemática, mas sei de uma coisa: existe uma quantidade infinita de números entre 0 e 1. Tem o 0,1 e o 0,12 e o 0,112 e uma infinidade de outros. Obviamente, existe um conjunto ainda maior entre o 0 e o 2, ou entre o 0 e o 1 milhão. Alguns infinitos são maiores que outros… Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto ilimitado. Eu queria mais números do que provavelmente vou ter.”
Coloquei embaixo do braço e disse: vou levar. Quis levar porque de algum jeito, eu me identifiquei com a forma de escrever e aquela meia dúzia de palavras e rodeios pra dizer algo sem dizer propriamente, me fez ter a certeza de que eu gostaria do livro.
Quem escreveu o trecho foi Hazel Grace, uma paciente terminal de câncer de 16 que luta contra a doença desde os 13. Com uma metástase no pulmão e dependente de um cilindro de oxigênio e um catéter, ela frequenta os grupos de apoio à portadores do câncer por insistência da mãe. Um dia ela conhece Augusto Waters, um menino bonito que não tirou os olhos de Hazel naquela tarde e que há um ano e meio havia se livrado de um câncer que lhe custou uma perna.
John Green, o autor, consegue envolver quem lê, é romântico de forma natural e nos afunda nessa história de amor que começou naquela tarde, um amor que desafia os limites entre vida e morte, um amor doce. Uma história cheia de aprendizados de vida para os personagens e pra quem lê. O livro é de dar risada e chorar a ponto de ter que fazer uma pausa pra se recompor. Lindo!!
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– O.k. – ele disse, depois do que pareceu ser uma eternidade. – Talvez o.k. venha a ser o nosso sempre.
– O.k. – falei.
E foi o Augustus quem desligou
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“Não dá para escolher se você vai ou não vai se ferir neste mundo, meu velho, é possível escolher quem vai feri-lo.”
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“Eu me apaixonei da mesma forma que a gente pega no sono: devagar, e então de uma vez só.”
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Algumas frases só pra dar um gostinho e embaixo o que mais acho lindo na leitura: a imagem que cada um faz do que lê. Encontrei alguns desenhos de leitores, alguns até se parecem com a Hazel e o Augustus que imaginei, mas a quantidade de desenhos que encontrei dos dois, só reafirma todas as minhas impressões do livro, é mesmo encantador e marca a vida de quem leu.