Ela é Maria Ribeiro, se o nome é estranho, talvez você lembre da mulher do capitão Nascimento em Tropa de Elite. Foi no cinema recentemente? Lembra dela em Entre Nós? Não? Vê novela? É a Danielle de Império! Você provavelmente já a viu, mas é Maria Ribeiro como Maria Ribeiro que eu adoro! A atual configuração do Saia Justa tem Maria sentada no sofá e já há alguns anos assisto esse programa adorando dividir a neura com Mônica, Bárbara, Astrid e Maria. Maria não é a intelectual, não é a blasé, não é a prendada, não é a mais moderna e também não é a mais conservadora. Ela não faz muito sentido e não tem o menor pudor ao dizer que lê revista de fofoca com a revista Piauí atrás pra esconder a capa. Ela é isso, esconde a capa e depois espalha isso pra quem estiver passando pelo GNT. Eu a sigo no Instagram e acho que sou amiga dela, facilmente chamaria ela para um café ou perguntaria “como estão os meninos?” se a encontrasse por aí na rua…

Ela é gente como a gente e recentemente lançou um livro, sua primeira publicação como cronista. Eu indico o livro pra toda mulher que quiser bater um papo divertido que transita por todos os assuntos com alguém que se aceita como é com todas as incoerências. No livro ela fala do Caio, do Paulo, do Domingos, do Bento, do João, do pai, dos irmãos – todos os homens da vida dela. Fala em tom de fofoca gostosa que ninguém resiste sobre o Wagner Moura (seu parceiro de filme) e sobre o Rodrigo Hilbert. Fala sobre a terapia e faz chorar quando fala nostálgica sobre a infância e sobre o pai. Tem carta pra amiga do coração, tem carta aberta pro Caio – o Blat, seu marido. Tem o registro de várias fases da montanha russa de uma mulher de 38 anos e meio que depois de uns anos de terapia, uma separação, alguns tropeços e muito encontros (e desencontros), se aceita com todos os seus defeitos e é bem resolvida o suficiente pra expor pra quem quiser ver.

Os 38 e meio da Maria não vão te enriquecer, você não vai terminar a leitura mais inteligente, mais culto ou mais politizado. A sensação é de ter acabado de conversar com uma amiga que há tempos não via e que precisava desabafar, é também a sensação de “ufa, sou normal!” diante de tantos questionamentos e confusões inerentes a nossa natureza feminina que ela divide com quem lê.
Maria Ribeiro tem meu respeito e admiração por ser quem é, não bastasse isso, ainda é documentarista e está finalizando o longa “esse é só o começo do fim das nossas vidas” sobre a última turnê da minha banda nacional preferida: Los Hermanos. ❤
O livro me apresentou pra uma artista incrível! Rita Wainer é a responsável pelas ilustrações lindas capa e interior do livro. Fui pesquisar sobre o trabalho dela e adorei o que encontrei. Ela é artista plástica, figurinista, estilista, ilustradora… Ou seja, Rita é arte! A capa do CD “A coruja e o coração” da Tiê é assinada por Rita também e é uma fofura!
Gente boa realmente se cerca de gente boa! Adoro ver as referências de pessoas com quem me identifico, é sempre uma surpresa agradável… Eu já sabia que adoraria o bate papo com a Maria, mas não esperava que me apresentaria Rita e toda sua melancolia “coloridamente” agradável. Boas referências e bons artistas nunca são demais…
Rita e Maria, muito obrigada por serem Rita e Maria!
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