Somos mesmo tão diferentes assim?

Gente, vamos falar um negocinho aqui RAPIDÃO?

 

Existem poucas certezas nessa vida… uma é que todos vamos morrer, outras duas é que pagaremos muito imposto na vida e que todo ano teremos discursos de ódio contra pessoas que assistem Big Brother Brasil. Eu, Hariana, não gosto de Big Brother, não tenho paciência… confesso que não entendo muito quem fica alucinado pelo reality, mas é preciso muito cuidado ao expor opinião sobre o tema. Por quê? Bom, porque eu sigo na internet um monte de gente que não conheço, assisto os stories das pessoas que nunca vi fazendo vários nadas e minha vida em nada é impactada por esse “entretenimento”.

Acho que é importante olhar pra si antes de julgar e diminuir o outro. Muitas vezes fazemos coisas muito similares às coisas que recriminamos no outro. Não existe muita diferença entre BBB e seu feed cheio de desconhecidos. Enquanto uns ficam horas vendo os confinados na casa, você pode estar há horas stalkeando até a tia da irmã da amiga do amigo do primo daquela pessoa que você nunca viu. Você vê diferença na relevância do conteúdo que estão consumindo? Eu não.

Mesma coisa com novela. EU não tenho o hábito de assistir, mas quando volto correndo pra casa do trabalho pra ver o próximo episódio daquela série que tô acompanhando, eu estou fazendo mesma coisa que quem não perde um capítulo da novela das 9 faz. A gente precisa deixar de ser presunçoso e achar que nossas preferências fazem da gente seres superiores. Não adianta nada xingar quem ouve funk incentivando a desvalorização da mulher, se tá sempre dando ibope pra rap americano misógino.

E assim vai… é assim com política, com religião, com futebol. Não adianta dizer que flamenguista é marginal se o você que torce pro Palmeiras não considera as brigas em que a sua torcida também mata. Não adianta julgar o evangélico, se você católico está abrindo mão de coisas em detrimento de sua crença também. Não adianta gritar com o cara da direita que tá defendendo o político tucano, se você não consegue enxergar o que o político da esquerda está fazendo e o defende.

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É tanta energia que se perde julgando os outros e suas escolhas, né? Se a gente usasse metade dessa energia pra fazer uma autocrítica diária, o mundo estaria menos hostil. A gente é cheio de julgar o que é certo e o que é errado, o que é bom e o que é ruim, o que é inteligente e o que é burro, o que é relevante e o que é fútil… mas é cheio de julgar somente no outro, sem fazer o menor esforço pra fazer uma comparação breve pra ver se, por acaso, o que achamos pequeno no outro não é o que também nos diminui.

É preciso muito cuidado ao julgarmos nossas escolhas como melhores. É preciso diminuir o hábito da comparação e olhar pra dentro com o mesmo senso crítico que olhamos pra fora. No fim, somos todos uma variação da mesma coisa.

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