Eu queria que você não chorasse. Eu nunca te vi e ainda hoje não acredito que você tem só 1,55m. Eu queria que sua casa não estivesse a quase 100km da minha, queria passar aí depois do trabalho com um vinho, uma torta e umas horas pra gente jogar fora falando da vida que às vezes é bonita, mas que às vezes é uma merda mesmo. Queria dizer que andei por uns momentos ruins também, que minha prima também, minha mãe e muitas amigas também. Quero dizer que tá difícil pra muita gente e em muitas formas diferentes, mas quero dizer que vai ficar tudo bem. Que é difícil catar os pedaços que vão ficando pelo caminho, mas que sempre tem gente pra ajudar a catar. Que é difícil preencher o buraco no peito, mas ainda tem gente disposta a doar um pouco de si pra diminuir a falta que te transborda hoje. Parece que não vai passar e às vezes dá vontade que nem passe, porque sei que toda vez que uma ferida fecha por aí, outra se abre. Dá vontade de lidar com essa pra que ela fique e seja a última, porque às vezes cansa ter que lidar com feridas novas o tempo todo. Eu não quero te ver triste, mesmo que eu nunca tenha te visto. Algumas coisas não precisam ser físicas pra existirem. Sua dor vai passar, os dias vão passar, vai ficar mais frio nos próximos dias, mas depois vai esquentar. Em poucos meses chega a primavera e te quero ver florescer. Você tem olhos bonitos demais pra viverem molhados, ainda que eles tenham cor de mar. Te desejo calmaria e capacidade de ainda acreditar, ainda que o mundo pareça estar tentando te fazer desistir. Eu sei que está doendo, sei que você está cansada, sei que se questiona sobre sua profissão, sobre a vida, sobre o amor e não entende por que ainda insiste tanto. Você insiste porque é forte, porque mesmo que sinta dor, tem disposição pra tentar só mais uma vez. E quando dá errado, tenta só mais uma vez e, então, só mais uma. Espero que nunca pare de tentar, que siga em frente mesmo mancando. Você é transparente e mesmo virtualmente, apenas lendo teus desabafos por aí, sei que você é de verdade. Nosso contato geralmente tem o limite de 140 caracteres, mas hoje precisei de mais que isso pra te enviar apenas 9: vai passar.
Mês: maio 2016
Rolê Cafeína #2 Torra Clara
Vou transformar esse blog em um blog de café já já haha se tem uma coisa que eu AMO, essa coisa é perder umas horinhas e uns reaizinhos dentro de cafés. Fazer o Rolê Cafeína virou a desculpa perfeita pra ir cada semana em um diferente. O segundo rolê foi em um café que já fui algumas vezes porque eu trabalhava lá pertinho. O Torra Clara fica na Oscar Freire, muito pertinho do metrô Sumaré (linha verde). Fomos num dia super frio e deu vontade de morar lá dentro.
Pedi um café Chamex que serve facilmente duas pessoas, exagerei e acabei deixando um pouco. O Cesinha um mocaccino e dividimos um bolo de fubá cremoso que era de chorar! Sério. Já desejamos ele de novo umas duas vezes depois do rolê, valeu cada garfada. Além de bolos, eles servem waffles, pães de queijo e mais um monte de comfy food pra acompanhar os cafés que também têm trocentas variações de preparo e grãos. Ainda pra finalizar o Cesinha pediu um sorvete da Delicari, tem uma geladeirinha muito fofa deles lá.
O café tem wi-fi e tomadas próximas a cada uma das mesas que são 4. Além das mesas, ainda é possível sentar no balcão de atendimento e no balcãozinho da porta de vidro da entrada. Bom, acho importante mencionar que eu estava tocando Belle & Sebastian quando estávamos lá! Eles têm também grãos à venda e cafeteiras de vários tipos… Fomos atendidos por uma das donas e a presença dela é um dos fatores que elevam a qualidade do atendimento e serviço.







Sim, gente, muitas fotos. Muitos cliques. Muito amor. Impossível economizar nos registros! Tão fotogênico os café tudo. ❤
Todas as fotos do César Ovalle.
She’s beautiful when she’s angry
Semana passa assisti um documentário recém-chegado na Netflix: “she’s beautiful when she’s angry” e, apesar do nome infeliz, acho que todo mundo deveria ver. É sobre a história de mulheres que, através de movimentos feministas, reivindicaram direitos iguais entre 1966 e 1971. O que digo sobre o nome ser infeliz, é que realmente acho que é uma temática linda, importante, forte, de luta e desconstrução e as mulheres protagonistas dos movimentos merecem um pouco mais que serem chamadas de lindas quando estão bravas querendo direitos iguais. Posso estar parecendo meio radical, mas nunca vi um filme sobre ativismo protagonizado por homens com o título elogiando a forma física deles enquanto lutavam, mas ok. Vida que segue… Podemos interpretar o título como uma ironia, porque que mulher nunca ouviu que ficar muito fofinha quando tá nervosinha, né? Tudo no diminutivinho mesmo.
Muito feliz que esse documentário foi feito em tempo de entrevistarem muitas das protagonistas da época, é incrível ver cada uma fazendo um retrospecto daqueles dias em que lutavam pra desmanchar alguns esteriótipos, quando tentavam defender a ideia de que ser do lar deve ser uma opção e não uma imposição. Que ser mãe e esposa deve ser uma escolha e que ser solteira e sem filhos não é motivo de vergonha nem faz uma mulher menos mulher. Foi nessa década que entenderam que há o feminismo, que é um luta dura, mas existem lutas mais duras. É preciso dar atenção específica ao feminismo negro e ao feminismo homossexual.
Infelizmente depois das sufragistas que décadas antes lutaram pra que a gente pudesse votar e depois dos movimentos da década de 60, ainda há muito a ser feito. Nenhum mudança é permanente, por isso é preciso que não se pare de lutar. Vivemos um momento muito delicado e de muita insegurança, principalmente no Brasil, quando um governo duvidoso está prestes a tomar decisões por nós.
O feminismo é um tema que que tem sido cada vez mais claro pra mim, me descobri feminista há pouco tempo, me faltava muito entendimento. Proferi alguns comentários que foram frutos da minha ignorância. A informação abre mentes… Por isso queria que todas as mulheres assistissem pra que se juntassem cada vez mais à causa e queria que todos os homens assistissem e que, de uma vez por todas, parem de reduzir nossas lutas à mimimi, vitimismo ou vontade de aparecer. Inclusive, no documentário há uma menção sobre a “marcha das vadias” tão julgada quando acontece aqui em São Paulo… A marcha acontece em mais de 70 cidades do mundo e teve sua origem da fala de um policial que falou a uma mulher estuprada que ela estava vestida como uma vadia.
Conhecimento é tudo, procurem saber…
Rolê Cafeína #1 Beluga Café
Bom, quem me conhece das outras redes já sabe que eu não resisto a um cafézinho… Ultimamente tenho me deparado com muitos cafés aqui por São Paulo que, além de servirem cafés deliciosos, ainda são um aconchego só! Decidi fazer um tour por esses cafés pra registrar e dividir com vocês. A lista é grande! Comecei o “Rolê Cafeína” (nome dado pelo Cesinha haha) pelo Beluga, que fica na Vila Buarque. Não me responsabilizo se no final do post vocês estiverem se tremendo de vontade de um lanchinho!

Rua Doutor Cesário Mota Júnior, 379 – Vila Buarque – São Paulo – SP

Meu pedido: um mocha e uma fatia de bolo de limão siciliano com blueberry
O café tem menos de dois anos e é muito simples em todos os aspectos. Poucos funcionários – só dois quando fui. Cardápio enxuto, mas aparentemente todo delicioso – meu bolo tava de comer ajoelhada e agradecendo. O mocha foi especial, recomento que tomem um dia! Tem gosto de chocolate suíço, SÉRIO. Poucas mesas de dois lugares e duas mesas compridas pra ir com mais gente ou simplesmente dividir com desconhecidos.
Muita gente vai lá não só pra tomar um café e continuar o dia, apesar do tamanho pequeno, o pessoal gostou de fazer do Beluga um ponto de encontro pra reuniões. Duas estavam rolando quando eu fui. Além dos cafés, eles têm alguns rótulos de cerveja – inclusive japonês, refrigerantes orgânicos, sucos orgânicos e o baer-mate.


Os cafés são preparados diante dos nossos olhos, mas como eles não têm cozinha, as comidinhas vêm de fornecedores muito bem selecionados pelos sócios (um jornalista e um publicitário). Pretendo voltar muitas vezes ainda, deu vontade de tomar todos os cafés e comer todas as comidinhas, mas tenho uma lista grande pra visitar antes de voltar nele, né? Esse “Rolê Cafeína” promete ir longe…
Eles têm alguns itens à venda por lá, todos relacionados a café, claro. Cafeteiras, prensas, grãos… Mas o que eu mais queria não estava à venda – claro! – sou boa nisso. Mas já descobri a origem dos vasinhos de concreto que ganharam meu coração (❤ )! São da Gypso e eu vou providenciar um pra mim logo logo haha
Beluga é daqueles lugares que é impossível ir uma vez só…
fotos: César Ovalle
Oh Wonder: música pra ver e ouvir
Eles escrevem, cantam e produzem todas as músicas da Oh Wonder! Josephine Vander Gucht e Anthony West formam o dueto inglês mais fofo que descobri nos últimos tempos. Quando eles começaram, em 2014, resolveram lançar uma música por mês durante um ano. Hoje eles já estão com um álbum gravado… Com muito piano e elementos eletrônicos, dá pra ouvir em looping sem cansar. Além de um som muito delícia de ouvir, o que mais me chamou atenção neles foi o senso estético! Os clipes são lindos, a comunicação visual minimalista (que eu amo) e as fotos… Bom, as fotos eu vou dividir com vocês porque provavelmente são as fotos mais amadas que vocês verão hoje:
















Além das fotos, juro que vale a pena ouvir o CD deles, tem no Spotify:
Ah!! Procurem os clipes deles no YouTube também… É bom gosto demais! ❤