Pra não deixar de assistir: HER.

Eu tenho a tendência de sempre achar que vou falar algo que todo mundo já sabe e vou fazer papel de boba, mas acho que esse post aqui já vai ter valido a pena se fizer ao menos UMA pessoa ver esse filme. HER  é o décimo sexto filme do Spike Jonze – diretor maravilhoso de filmes que adoro como Quero ser John Malkovich, Adaptação e Onde Vivem os Monstros. O filme é estrelado pelo Joaquin Phoenix que eu já adoro desde que interpretou Johnny Cash em Johnny and June. e pela Scarlett Johansson (que não aparece, apenas empresta a voz para um sistema operacional) que tem todo meu respeito desde esse filme aqui. O filme concorreu a 3 Globos de Ouro e a 5 Oscares e venceu os dois na categoria melhor roteiro.

É a história de Theodore, um escritor solitário que se apaixona pelo novo sistema operacional do seu computador – a Samantha. Theodore assume um relacionamento com ela e enquanto o roteiro e a fotografia vão encantando quem assiste, os dois vivem uma história de amor incomum, empolgante (sim!) e que nos faz questionar sobre nossa relação com a tecnologia e até onde podemos ir nesse mundo cada vez mais virtual. O enredo extremamente moderno se choca com o figurino meio anos 70 e a gente termina o filme querendo dar play de novo. Já ouvi pessoas dizendo que não gostaram do filme, mas eu, particularmente, achei genial! Se ficou na dúvida, paga pra ver e depois me diz o que achou 🙂

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Se você gosta daqui, pode curtir aqui pra mim? Obrigada 🙂

Quando me conheci, me amei.

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Sempre quis ter duas varetinhas no lugar das pernas, sempre achei meu cabelo sem graça – nem claro, nem escuro. Sempre quis ser ruiva como minha vó, eu queria os olhos verdes dos meus pais e minha irmã, só eu nasci com o tal do mel – de novo nem claro, nem escuro. Eu passei bons anos da minha vida escolar ouvindo provocações, era bullying, mas esse nome só veio quando eu já tinha passado por aquilo tudo. Já cheguei em casa chorando muitas vezes quando mais nova perguntando por que eu era a mais feia da turma. Bom, é verdade que eu deixei de ser a bolinha que era, verdade que tirei o aparelho dos dentes, que comecei a me cuidar, que assumi meus cabelos, parei de roer unha, mas principalmente, eu passei a gostar de mim.

Eu ainda visto 38, não vou chegar no 36 nunca. Ainda tenho o cabelo e os olhos com cor de nada, mas eu me adoro! Nada mais gostoso que amadurecer um pouco e chegar a conclusão de que o mais bonito é o que só você tem, é o que não dá pra comprar, é o que só você e sua bagagem podem te proporcionar. Eu não sou as minhas pernas tortas, não sou meus braços gorduchinhos, não sou meu pé feio, eu não sou minhas sardas e nem meu nariz arrebitado, eu não sou nada disso. Eu sou meus traumas, eu sou meus filmes preferidos, eu sou as músicas que escuto e os lugares que frequento, eu sou livros que leio, os sapatos estranhos que uso, eu sou meu medo de avião. Eu sou o amor pela minha família, eu sou meu choro fácil, eu sou o que eu escrevo, eu sou a cicatriz do piercing que ficou depois que a adolescência passou, eu sou as tatuagens que eu quis fazer, sou meu CD preferido, eu sou as viagens que fiz, eu sou as pessoas que conheci, eu sou minha gastrite, sou meu desvio do septo, sou meu fone de ouvido. Eu sou as gargalhadas que soltei, as lágrimas que derramei e os micos que paguei. Sou meus sucessos e meus fracassos, meus ciúmes e minhas seguranças, eu sou minhas contradições e coerências. Eu sou meus medos, eu sou meus cheiros preferidos, eu sou as flores que gosto de cheirar, sou a carne que não como. Eu sou meu choro escondido e meus pensamentos embaixo do chuveiro, eu sou pés pés na areia e banho de chuva. Eu não sou as poses que faço nos autorretratos e muito menos eu sou o número que aparece na balança ou nos seguidores das redes sociais, eu não sou o que você vê. Eu sou o que eu faço os outros sentirem, eu só sou pra quem quer ver quem sou. Eu sou minha coleção de livros e bonecos, eu sou uma estampa floral, eu sou meus vícios. Eu sou o que ninguém tira de mim, sou o que eu escolhi pra mim, sou o que resultou da mistura dos montes de tralha que sigo jogando na minha bagagem.

Eu aprendi a me amar, eu amo a bagunça toda que meus anos acumularam. É por isso que eu gosto de mim. Eu quero a leveza de me aceitar como sou e quero sempre ter claro na mente que eu não vim aqui pra agradar olhos de ninguém e sim corações. Eu aprendi que beleza sai pelos poros que a gente vive tentando tapar com aquela base importada, eu aprendi que é tolo querer ser a mais bonita da festa, isso é coisa de quem não se ama e não consegue ir dormir sozinha. Quem se ama dança na frente do espelho e pouco se importa se a amiga veste dois números a menos, quem se ama se leva pra passear, vai no cinema sem ninguém e ri baixinho quando nota um olhar piedoso de quem não suporta a própria companhia. Eu tenho muitos defeitos, mas eles são todos meus, são parte do que eu sou e de tudo que vivi pra me ser e me amar. Não liguem se alguém não gostar de você, você não está aqui pra viver conforme as expectativas de ninguém, seja fiel a você, saiba quem você é e se ame antes e acima de tudo, só assim os outros vão poder saber quem você é e, então, também amar você.

Cores de Frida Kahlo

Julho é o mês da Frida Kahlo, nascimento dia 06 e morte dia 13. Pra não passar em branco, vou contar um pouco da história aqui reproduzindo a série de posts sobre a Frida que a loja FRIDA la tienda fez no Instagram entre os dias 06 e 13. Só vou adicionar mais fotos porque Frida sem as cores dela fica muito injusto.

Em 6 de Julho do ano de 1907 nascia em Coyoacan, no México, Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderon – Frida Kahlo. 107 anos após seu nascimento, sua figura continua inspirando admiradores pelo mundo. E se perguntar o motivo de tamanha admiração, as respostas serão variadas. Sua história de vida, o amor, o sofrimento, a luta política, seu talento como artista plástica, sua postura como mulher, o patriotismo… Uma lista extensa e intensa.

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Aos seis anos de idade, Frida Kahlo contraiu poliomielite e ficou um longo período de cama. Recuperou-se, mas sua perna direita ficou mais fina que a esquerda e seu pé atrofiado. Esse episódio dá início ao seu vasto histórico médico. A artista plástica retratava em seus quadros – em sua maior parte auto-retratos – suas dores, perdas e os conflitos emocionais que vivia. Militante comunista, adotou o ano de 1910 – ano da Revolução Mexicana – como ano do seu nascimento.

Frida Kahlo, aos 18 anos, sofre o acidente do qual seu corpo jamais esqueceria. Foi em setembro de 1925 que o ônibus em que Frida e seu noivo Alejandro Arias estavam colidiu com um trem. Frida recebeu todo o baque do acidente. Um ferro atravessou seu abdômen, a coluna vertebral e a pélvis. Ela sofreu múltiplas fraturas, passou por várias cirurgias (acredita-se que por 35) e ficou muito tempo presa à uma cama. Frida se achava o retrato da má sorte: ‘E a sensação nunca mais me deixou, de que meu corpo carrega em si todas as chagas do mundo’. Sua mãe colocou um espelho no topo de sua cama. Foi aí que Frida começou a pintar freneticamente. Frida sempre pintou a si mesma: ‘Eu pinto-me porque estou muitas vezes sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor’.

Falar de Frida Kahlo sem falar do seu amor por Diego Rivera, não é falar de Frida. Rivera, socialista, foi o pintor mexicano mais importante do século 20 e fez parte do movimento muralista, que defendia a arte acessível. Quando se casou com Frida, a família dela comparou a união ao casamento de um elefante com uma pomba – ele era imenso e 21 anos mais velho. Mas os dois formaram o casal de artistas mais original da época. Frida amargou muitas amantes do marido, seu grande amor e reconhecido mulherengo. Mas também viveu romances paralelos com mulheres e homens, o mais famoso com o revolucionário russo León Trotski. Apesar das traições do marido (até com sua irmã Cristina), a maior dor de Frida foi a impossibilidade de ter filhos (embora tenha engravidado mais de uma vez, as seqüelas do acidente a impossibilitaram de levar uma gestação até o final), o que ficou claro em muitos dos seus quadros.

No ano de 1930, Frida parte para os EUA, onde Rivera tinha trabalhos e exposições. O marido, apesar de mulherengo, ajudou Frida a revelar-se como artista. Mais mexicana do que nunca, sua figura chocava a todos. Uma mulher forte e desejada se descobria. Em Detroit, sofre mais um aborto. Nesse período, Frida começou a produzir telas a respeito de sua perda e seus sentimentos. Quando retorna ao México, perde sua mãe, Matilde, vítima de câncer.

Em 1939 Frida Kahlo faz sua primeira exposição individual em Nova York, sucesso de crítica. Em seguida, segue para Paris. Lá entra no mundo da vanguarda artística dos surrealistas. Conhece Pablo Picasso, Wassily Kandinsky, Marcel Duchamp, Paul Éluard e Max Ernst. O museu do Louvre adquire um de seus auto-retratos. Em 1942 começaram a dar aulas de arte em uma escola recém aberta na Cidade do México.

Vogue Cover 1938 Harry ScheihingNos anos seguintes seu estado de saúde piorou, e o colete antes de gesso, foi substituído por um de ferro que dificultava até a sua respiração. Passou por várias cirurgias na coluna que inflama por conta do colete. Mas continua pintando. Os médicos diagnosticam a amputação da perna e ela entra em depressão. Pinta suas últimas obras, como ‘Natureza Morta (Viva a Vida)’. Frida Kahlo sempre quis expor suas obras em seu país de origem. A oportunidade ocorreu 12 dias antes de sua morte. Frida estava proibida pelo médico de sair da cama, como havia feito para participar de uma manifestação. Surpreendeu a todos quando apareceu em sua exposição, carregada em cima de sua cama.

10524698_633370913436693_6822697433430705323_nNa madrugada de 13 de julho de 1954, Frida, com 47 anos, foi encontrada morta em seu leito. Oficialmente, a morte foi causada por ‘embolia pulmonar’, mas há suspeita de suicídio. No diário, deixou as últimas palavras: ‘Espero alegre a minha partida – e espero não retornar nunca mais.’ 60 anos depois de sua morte, Frida não retornou, mas sua figura prevalece até hoje como uma estrela, que mostra seu brilho mesmo depois de ter se extinguido.

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Frida Kahlo pinta sua morte

Deu pra sentir, né? Frida era uma mulher à frente do tempo dela, forte, ousada, linda da sua própria maneira, extremamente talentosa, destemida e apaixonada! Até hoje é adorada no mundo inteiro e uma referência feminina. Aprendi a gostar da Frida com minha mãe que pintou um quadro dela e pendurou na parede da sala, que coleciona livros a seu respeito e até se fantasia de Frida quando entediada. Separei mais algumas fotos e quadros dela pra vocês curtirem um pouco mais do que Frida Kahlo foi – e é.

Pra quem quiser conhecer mais sobre a Frida, sua obra e sua história, existem muitos livros  – sobre sua vida, seu diário, suas fotos, entre outros. Tem também o filme de 2002, muito bem estrelado pela Salma Hayek, que conta na linguagem do cinema um pouco sobre a trajetória de Frida. Pra quem for ao México um dia, tem também La Casa Azul que era a casa onde os pais da Frida moraram e hoje é um museu dedicado a ela! Eeee pra quem mora em Curitiba ou redondeza, não pode perder a mostra ‘Frida Kahlo – As suas fotografias’ no MON – Museu Oscar Niemeyer – começou ontem e fica até o dia 02 de novembro, são 240 fotos do acervo da Frida, imperdível! Pra quem mora em São Paulo, a loja FRIDA la tienda vale a visita, fica na Vila Mariana e é multimarcas, mas toda a decoração é inspirada na Frida e tem uma arara só com uma linha de roupas inspirada na artista, sem contar nas Fridas de decoração que também vende lá!

Pra finalizar um pouco de Frida na minha vida pelo Instagram

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Quem gostou curte aqui ❤

Beijo e bom fim de semana a todos!

GIRLS e os vinte e poucos anos.

Escrevendo o título entrei em uma crise rápida aqui… Enquete: ainda tenho vinte e poucos anos aos 26 ou eu já entrei na categoria “quase 30”? O.o

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Enfim, passada a crise, vamos ao que interessa: GIRLS! O primeiro episódio desse seriado foi ao ar  pela HBO em 2012 e já tem 3 temporadas – a quarta está confirmada e começa a ser filmada em outubro. O que acontece é que sempre quis ver essa série, uma vez vi o primeiro episódio, adorei e nunca mais parei pra continuar. E pra ter tempo pra séries, nada melhor que o inverno e a preguiça que ele traz: vi uma temporada e meia em um dia e me apaixonei! É a história de 4 amigas de vinte e poucos anos: Jessa, Hannah, Marnie e Shoshanna que estão tentando ser alguém em NY, entre as inconsequências da juventude, o drama da idade adulta e o trabalho que dá manter a amizade entre quatro mulheres, o seriado acontece. Uma muito diferente da outra, impossível não se identificar com alguma. É um Sex & the City jovem, pobre e desengonçado haha a série é uma criação da Lena Dunham – a Hannah da série – e ano passado ela própria ganhou um globo de ouro por melhor atriz e outro para GIRLS como melhor série de comédia. Vale a pena perder um tempo buscando os episódios na internet (baixei todos aqui), é diversão garantida e a identificação com os “desajeitos” delas é confortante.

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Assistam, vale cada episódio!

Beijos,

Hariana.