As fotografias de Serge e Jane

Serge Gainsbourg, francês, era ator, diretor, escritor, cantor, compositor, viciado em álcool, cigarro e mulheres, não era exatamente bonito, mas era um conquistador! Morreu em 1991, aos 62 anos, vítima de um enfarto. Dentre seus romances que passaram até por Brigitte Bardot, o mais documentado foi o romance com  a atriz e também cantora inglesa Jane Birkin. Jane e Serge foram casados, a relação durou 12 anos, começou quando ela tinha 22 anos e ele 40. Talvez tenha sido o relacionamento mais fotografados, eles foram ícones dos anos 70 e referência liberal para quem viveu naquela época, chocaram muita gente com seus ensaios sensuais e músicas ousadas. Não tem como não babar no acervo dos dois, para quem não conhece, resolvi dividir um pouco as que eu mais gosto.

Para quem quiser saber um pouco mais da vida desse francês bon vivant, o filme “O Homem que amava as mulheres” é inspirado em sua história, trailer aqui pra quem se interessar. O dueto clássico dele com Jane é Je T’aime… Moi Non Plus, um clássico que causou muita polêmica quando foi lançado por causa dos gemidos:

As fotos do casal foram em sua maioria feitas pelo irmão dela, o Andrew Birkin que lançou ano passado o livro Serge & Jane: a family album, ainda não foi lançado no Brasil – espero que venha logo, é um livro que eu estou louca pra ter, são mais de 1000 fotografias deles!!

Pra finalizar o post que já está bem extenso, um pouco deles em família:

O que acharam? Já conheciam eles? Quem gostou, curte aqui: hrnmnk.com

O amor por Ricardo Liniers

Quem me conhece sabe do meu amor pelo trabalho do cartunista argentino Ricardo Liniers, ele tem 38 anos e mais de 20 livros publicados (não encontrei informação oficial exata). Eu tenho 10 destes e estou sempre tentando achar mais obras dele, mas aqui no Brasil não é uma tarefa muito fácil. Conheci o trabalho dele em 2005 através da série Macanudo que reúne suas tirinhas publicadas no La Nación, jornal argentino. Ele já fez exposições aqui no Brasil, a mais recente foi pra Brasília e ficou desde dezembro do ano passado até março desse ano no Museu Nacional dos Correios, quem foi com certeza se apaixonou!

De vez em quando vou tentar reunir aqui algumas das tirinhas dele e eu duvido vocês não se encantarem pelo trabalho lindíssimo, original e super sensível desse hermano. Já que a gente está no mês dos namorados – totalmente atropelado pela Copa do Mundo – selecionei algumas tirinhas sobre amor pra vocês.

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Como não ser completamente fã?

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A Copa e os turistas – eles não têm culpa.

12 de junho de 2014. É dia dos namorados, é dia de abertura da Copa do Mundo no Brasil depois de 64 anos. Eu sempre adorei esse evento esportivo, sempre me empolguei muito, juntei família, juntei amigos, vibrei, vesti a camisa, colecionei figurinhas – continuo adorando. A culpa não é da Copa. O Brasil, concordo, não estava – e ainda não está – em condições de sediar mais uma Copa. Ser sede deste evento não é algo que se é imposto aos países, a Suécia, por exemplo, desistiu de candidatar-se no começo desse ano por enxergar que os altos custos de investimento em estrutura esportiva poderiam ser canalizados para algo interno que trouxesse mais retorno à população. A culpa não é da Copa. Nós escolhemos, nós tivemos muitos anos para ser contra, para tentar reverter, para evitar os superfaturamentos, os desgastes, a revolta. O dinheiro já foi gasto, os estádios já estão erguidos, os ingressos já egotaram e o país já está transbordando turistas. Eu sou uma apaixonada confessa pelo Brasil (não só de 4 em 4 anos), apesar de ficar muito triste com as pessoas que conduzem esse nosso país, eu liguei a televisão ainda há pouco – o volume mais alto que o normal devido às cornetas ecoando nos corredores do prédio – e me deparei com imagens de confronto entre manifestantes e polícia, fiquei triste. Não é hora, eu acho que roupa suja a gente lava em casa quando as visitas vão embora, tem muita coisa entalada na garganta, mas a culpa não é da copa. Talvez essa seja a edição com as condições mais precárias, a gente prometeu uma série de condições e obras que não foram cumpridas, a copa como evento também foi lesada e enganada junto com a gente. As cidades estão cheias de pessoas falando idiomas diversos, com mapas nas mãos e câmeras no pescoço, pessoas que amam nosso país mais que a gente mesmo e eu aprendi desde cedo a tratar bem as visitas. O turista também não tem culpa. A gente precisa de educação, saúde, transporte, moradia, CLARO, mas eu acho que é hora de erguer bandeira branca, de não comprometer o turismo no Brasil que é uma das nossas grandes atividades econômicas e que, independente de eventos internacionais, movimenta milhões de reais por ano com as visitas estrangeiras. Não sou a favor de maquiar nada, de colocar a sujeira embaixo do tapete pra sair notícia bonita na imprensa gringa, isso não seria possível, nossas mazelas são visíveis pra qualquer um que quiser ver, mas sou absolutamente contra essa postura autodestrutiva que a gente resolveu adotar e que corremos o risco de sobrepor ao que ainda temos de bom e que é só nosso. A gente não fala inglês, mas planta até bananeira pra fazer o outro entender a gente, a gente tenta ajudar, a gente estende a mão. A gente é feliz, apesar de tudo, a gente contagia as pessoas, o Brasileiro é um guerreiro, se vira com o que tem e mantém o sorriso no rosto sempre. A gente chega muito longe com muito pouco, a gente tira leite de pedra e faz limonada com meio limão. Infelizmente não posso controlar o que acontece, cada um sabe o tamanho da revolta que carrega em si e a pouca tolerância que restou. Eu sou a favor de esperar, eu sou a favor da manifestação e da revolta em outubro – não em julho. Eu vou, sim, fazer pipoca, vestir minha camiseta do Brasil e pedir baixinho que lá de cima venha uma força e uma proteção pra que tudo corra bem pra todo mundo, eu vou esperar por uma copa tranquila, da paz, colorida e muito bonita. Eu vou torcer pela nossa nação e esperar pra lavar a roupa suja quando a casa estiver sem nossos hóspedes – eles realmente não têm culpa.